Já ouviu falar de gestão de vulnerabilidades? Sabe qual é o seu objetivo, como ela é aplicada, em qual situação deve ser usada? Ou não tem ideia do que estou falando? Não se preocupe! Suas dúvidas vão acabar assim que você ler esse conteúdo!
Para se ter ideia, segundo relatório da Fortinet, em 2022, o Brasil sofreu 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas. Dentre os diversos tipos de ataques estavam ransomware e o ransomware as a service. Ou seja, golpes sofisticados que precisam de muita atenção dos seguranças de T.I.
O mesmo relatório aponta que durante o segundo trimestre de 2022, empresas nacionais foram atacadas 1.484 vezes por semana! Esse número representa um aumento de 37% quando comparado com o mesmo período de 2021.
Acredita-se que esse aumento se dá pelo fato de que muitos empresários brasileiros ainda não dão o devido valor para a segurança da informação. E, muitos ainda seguem a mentalidade de detecção e não prevenção.
Todos esses ataques poderiam ser evitados se as empresas investissem em práticas de detecção, como a gestão de vulnerabilidades, por exemplo. Continue lendo esse conteúdo para saber o que é a gestão de vulnerabilidades e seus benefícios para a empresa!
O que é gestão de vulnerabilidades?
A gestão de vulnerabilidades é um conjunto de ações que devem ser realizadas de forma contínua pelo setor de segurança de TI de uma empresa. O objetivo dessa prática é identificar, analisar, classificar e corrigir vulnerabilidades na proteção de um negócio.
Essa identificação, análise e correção deve ser feita tanto em dispositivos físicos, quanto em redes e demais aplicações da empresa. Desse modo, é possível identificar brechas que as ameaças podem usar para se infiltrar na empresa e realizar ciberataques ou até mesmo roubo e vazamento de dados.
O gerenciamento de vulnerabilidade pode ser feito de forma automatizada. No entanto, é recomendado que essa ação seja feita com o acompanhamento de uma equipe especializada em segurança da informação.
Isso porque, assim é possível juntar a expertise humana com a precisão da tecnologia para identificar de forma rápida as vulnerabilidades e já apresentar soluções para os problemas e falhas encontrados.
Diferença entre gestão e análise de vulnerabilidades
A grande diferença entre a análise e a gestão de vulnerabilidade está na periodicidade em que essas práticas são feitas.
A análise de vulnerabilidade é algo pontual, feita somente quando o gestor acha necessário. Seu objetivo também é identificar e classificar brechas de segurança capazes de colocar a infraestrutura de tecnologia em risco.
No entanto, como não acontece sempre, uma brecha ou falha pode ocorrer em um período em que a análise não está sendo feita. O que, consequentemente, coloca a segurança da empresa em risco.
Já a gestão é um processo contínuo. Quando um ciclo de gestão se encerra, outro se inicia logo em seguida. Seguindo um intervalo estabelecido pela empresa. Dessa forma, a segurança está sendo testada e monitorada o tempo todo.
Classificação das vulnerabilidades
Para que o plano de ação da gestão de vulnerabilidades resulte em soluções práticas e que de fato irão proteger a empresa, é preciso primeiro saber identificar o grau de risco que a ameaça apresenta.
O grau é classificado por diferentes sistemas públicos de disponibilização de informações sobre vulnerabilidades, como por exemplo o Common Vulnerability Scoring System (CVSS). Esse sistema é gratuito, sendo usado por empresas de tecnologia e cibersegurança de todo o mundo. Além de identificar o grau, o CVSS também mostra as características das vulnerabilidades de software.
A pontuação varia de 0.0 a 10.0, sendo então:
Pontuação CVSS 0.0 ― gravidade: nenhuma;
Pontuação CVSS 0.1 a 3.9 ― gravidade: baixa;
Pontuação CVSS 4.0 a 6.9 ― gravidade: média;
Pontuação CVSS 7.0 a 8.9 ― gravidade: alta;
Pontuação CVSS 9.0 a 10.0 ― gravidade: crítica.
Etapas da gestão de vulnerabilidades
Existem seis principais etapas para que uma gestão de vulnerabilidades seja feita de forma correta e eficiente. Sendo elas:
Descoberta: apesar da descoberta ser a primeira etapa, ela conta com uma “pré-etapa”, que seria a criação de um inventário completo de todos os ativos da rede da empresa. Com esse inventário é possível identificar quais ativos devem fazer parte da gestão de vulnerabilidades;
Priorização de ativos: o próprio nome da etapa já indica o que deve ser feito. Aqui, é preciso dar um valor de grau de criticidade e importância para os ativos da empresa. O objetivo dessa etapa é definir a priorização no processo de análise e correção de vulnerabilidades;
Avaliação: nesta etapa a priorização fica ainda mais intensa. Isso porque, nesse momento é feita uma avaliação dos ativos para saber qual representa maior risco para que seja eliminado primeiro;
Relatórios: documente todas as avaliações feitas até o momento e seus resultados. Além dessas informações, o relatório deve conter as vulnerabilidades já conhecidas e o plano de gestão a ser seguido;
Correção: chegou o momento de colocar em prática as ações do plano de segurança;
Monitoramento: auditorias e acompanhamentos devem ser feitos de forma constante para comprovar e garantir a eficiência do plano.
Benefícios da gestão de vulnerabilidades
A gestão de vulnerabilidades possibilita a identificação, análise, mapeamento e priorização de diversas ameaças e brechas antes que algo ruim aconteça com a empresa, como ter sua segurança invadida e dados roubados.
Conseguir fazer essa prevenção oferece economia de tempo e dinheiro para o negócio, visto que os gastos com reparos após um ciberataque geram muitos prejuízos para uma empresa. Além de muitas vezes obrigar a paralisação da operação.
Contando com monitoramento e relatórios constantes, os gestores têm mais controle da segurança da organização. Sendo assim, ataques tendem a diminuir.
Com essa garantia de melhor segurança, a empresa se destaca no mercado de forma positiva e conquista a confiança de clientes. O que por sua vez, ajuda a atrair mais clientes para o negócio.
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